A aparência de Jó era tão repugnante que ele abandonou o convívio social e foi para fora da cidade, sentar-se sobre um monte de cinzas. Esse era o local onde se jogava e queimava o lixo da cidade e onde os párias viviam, pedindo esmolas de quem passava por lá.
Nesse monturo, os cães brigavam por algum alimento e o estrume da cidade era queimado. O cidadão mais proeminente daquela comunidade passou a viver na mais abjeta pobreza e vergonha.
A expressão "consoladores de jó" aplica-se a pessoas cujo auxílio só faz os outros se sentirem piores. No entanto, apesar de sua perseguição a Jó, esses três homens possuíam algumas qualidades admiráveis.
Em primeiro lugar, importaram-se o suficiente com Jó a ponto de percorrer uma longa distância para visitá-lo. Quando se lamentaram com ele, não o fizeram numa casa confortável nem em um quarto de hospital: assentaram-se com ele no monturo, cercados de lixo.
Sua tristeza era tanta que não conseguiram falar durante sete dias e sete noites(fica claro que depois tiraram o atraso desse silêncio). Na verdade, sua expressão de tristeza foi como o luto pela morte de uma pessoa eminente(Gn 50:10).
As vezes, a melhor maneira de ajudar as pessoas que sofrem e são abandonadas, é simplesmente ficar com elas, dizendo pouca coisa ou permanecendo em silêncio, demonstrando que nos preocupamos com elas. Não devemos explicar coisa alguma, pois as explicações não curam o coração ferido.
Se os amigos de Jó tivessem dado ouvidos a ele, aceitando seus sentimentos e não argumentando com ele, teriam sido de grande ajuda. Porém, escolheram ser advogados de acusação em vez de testemunhas. No final, o Senhor os repreendeu, e tiveram de pedir perdão a Jó (Jó 42:7-10).
O livro de Jó não se resume numa poesia de sofrimento e paciência. É uma fonte inesgotável de lições maravilhosas que precisamos aplicar às nossas vidas!
Aplicando-as, veremos as mudanças em nossos relacionamentos sociais, familiares e com Deus!
Nenhum comentário:
Postar um comentário