sábado, 16 de março de 2013

O Vaso de Barro e o Tesouro

Temos, porém, este tesouro em vasos de barro, para que a excelência do poder seja de Deus, e não de nós.
Em tudo somos atribulados, mas não angustiados; perplexos, mas não desanimados.
Perseguidos, mas não desamparados; abatidos, mas não destruídos;
Trazendo sempre por toda a parte a mortificação do Senhor Jesus no nosso corpo, para que a vida de Jesus se manifeste também nos nossos corpos;
E assim nós, que vivemos, estamos sempre entregues à morte por amor de Jesus, para que a vida de Jesus se manifeste também na nossa carne mortal.
De maneira que em nós opera a morte, mas em vós a vida. 
2 Coríntios 4:7-12

"Temos, porém, este tesouro em vasos de barro, para que a excelência do poder seja de Deus, e não de nós (v.7).

Em tudo somos atribulados, mas não angustiados; perplexos, mas não desanimados;(v.8)

Perseguidos, mas não desamparados; abatidos, mas não destruídos;"(v.9)

Da glória da criação, Paulo passa à humildade do vaso de barro. O cristão é apenas um "vaso de barro"; é o tesouro dentro do vaso que lhe dá seu valor. A imagem do vaso aparece com frequência nas Escrituras, e podemos aprender várias lições com ela.

Deus nos criou da maneira como somos, a fim de podermos realizar a obra que planejou para nós, e por nós. Ao falar sobre Paulo, Cristo afirmou: "...porque este é para mim um vaso escolhido, para levar o meu nome diante dos gentios, e dos reis e dos filhos de Israel."(At 9:15)

O mais importante sobre o vaso é ser limpo, estar completamente vazio e disponível para o Reino de Deus. Somos vasos para que Deus nos use. Somos vasos de barro para que possamos depender do poder de Deus, não de nossas forças e méritos.

É preciso concentrar-se no tesouro, não no vaso. Paulo não temia o sofrimento nem as tribulações, pois sabia que Deus guardaria o vaso enquanto este guardasse o tesouro (I Tm 1:11; 6:20).

Deus permite as tribulações; Ele as controla e as usa para sua glória. Deus é glorificado por meio de vasos frágeis. Todos os "gigantes" na fé foram homens "fracos" que fizeram grandes coisas em obediência a Deus, pois sabiam que podiam contar com a Sua presença e Seu socorro.

Por vezes, Deus permite que nossos vasos sejam "sacudidos" de modo a derramar parte do tesouro e enriquecer a outros. O sofrimento revela não apenas a fraqueza humana, mas também a glória de Deus.

Paulo apresenta uma série de paradoxos: vasos de barro - poder divino; a morte de Jesus - a vida de Jesus; a morte em ação - a vida em ação. A mente natural não é capaz de compreender esse tipo de verdade espiritual, portanto não consegue entender como o cristão triunfa sobre o sofrimento.

Assim como se deve concentrar no tesouro, não no vaso, também se deve concentrar no Mestre, não no servo. Se sofremos, é por amor a Jesus Cristo. Se morremos para nosso ego, é para que a vida de Cristo seja revelada em nós. Se passamos por tribulações, é para que Cristo seja glorificado.

Os judaizantes não sofriam. Em vez de ganharem almas, roubavam convertidos das igrejas. Em vez de se sacrificarem por seu povo, faziam o povo se sacrificar por eles (II Cor 11:20). Os falsos mestres não possuíam um tesouro para repartir. Tinham apenas algumas peças de museu da antiga aliança; antiguidades gastas que jamais poderiam enriquecer a vida de alguém.

Sabemos por experiência que algumas pessoas não fazem ideia do "preço" que um pastor paga a fim de ser fiel ao Senhor e de servir a seu povo. Esta é uma de três seções de II Coríntios dedicadas a relatar os sofrimentos de Paulo. As outras duas são 6: 1-10 e 11: 16 - 12:10: A prova do verdadeiro ministério não está em suas condecorações, mas sim em suas escoriações.

"Desde agora ninguém me inquiete; porque trago no meu corpo as marcas do Senhor Jesus". (Gl 6:17

Como preservar nossa Salvação em meio às tribulações? Lembrando que somos privilegiados por possuir o tesouro do Reino celestial em vasos de barro!

Nenhum comentário:

Postar um comentário